As pessoas merecem o trabalho que tem

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31 July 2008

Existem algumas coisas que são engraçadas... com qualquer linguagem que se trabalhe, desde as mais novas até as mais antigas, vejo gente reclamando do trabalho que tem. Seja pela empresa que não deixa o cara crescer, seja pela tecnologia que utiliza e não pode mudar ou seja pelo processo que é muito engessado. Só reclamações.

No entanto nada fazem para mudar isso.

No meu atual projeto estamos pagando relativamente bem (se comparado com a maioria das consultorias de body shop), temos um ambiente bastante descontraido, estamos implantando metodologias agéis no lugar do processo cascata, trabalhamos com tecnologia Microsoft de ponta (.NET 3.5, SQL 2005/2008, SSIS), temos o apoio de ótimas ferramentas e ainda assim não conseguimos preencher as três vagas que temos abertas. Por que? Por que exigimos muitos conhecimentos nas tecnologias citadas? Não! Mas porque as pessoas não querem mudar.

Hoje por exemplo, tinhamos duas entrevistas marcadas. Nenhum dos candidatos apareceu ou sequer ligou para avisar que não iria poder comparecer ou que não tinha mais interesse na vaga. Se formos pensar um pouco no assunto não é muito dificíl entender a razão disso acontecer. De acordo com as pesquisas que o Luciano citou nesse post existem mais vagas do que profissionais disponíveis, muito mais! Sendo assim, poucas são as pessoas que dão a atenção devida para um compromisso tão importante como uma entrevista. E mais importante ainda quando a questão $financeira$ e técnica são favoravéis.

Não é a primeira vez que isso acontece. Nos últimos dois anos sempre esbarramos nessa dificuldade em contratar. Pessoalmente, acho que é uma pena para ambos os lados: a) para o contratante que se vê refém da falta de profissionais ou da esbórnia que é o mercado e é obrigado a contratar sem critérios, contribuindo para que isso continue acontecendo e b) para os profissionais da área que deixam de investir nas formação profissional e pessoal e agem da maneira que descrevi acima. É importante perceber, que nesse momento nem os profissionais e nem as empresas contribuem para mudança desse cenário.

O ponto positivo é que esse cenário está cada vez mais evidente a todos e é um cenário longe do adequado. Logo, seguindo a lei de Darwin (ele mesmo que falou das girafas?), esse modelo deve cair. A partir dai ou as empresas vão diminuir seus projetos de TI por não conseguirem os profissionais necessários ou então os profissionais vão evoluir de acordo com a necessidade das empresas fazendo com que o equilibrio seja alcançado. De um jeito ou de outro, acredito que estamos caminhando para frente. Só espero que não demore tempos demais até chegarmos lá.

Claro que essa é apenas uma das minhas teorias com relação a esse assunto dentre as outras que tenho e milhares que podem ser encontradas navegando um pouco na internet.


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